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Criar um filho pode ser uma jornada gratificante, porém, também acarreta custos financeiros consideráveis. Com base nos dados de classe de renda do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que as famílias gastem em média 30% de sua renda com os filhos. Esse gasto varia de acordo com a classe socioeconômica: para famílias da classe C, com renda mensal entre R$ 5.281 e R$ 13,2 mil, o gasto médio pode variar de R$ 480 mil a R$ 1,2 milhão. Estabelecer um planejamento financeiro sólido pode ser essencial para os novos pais evitarem dificuldades financeiras ao longo desse processo.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

– Alguns dos maiores erros financeiros que os novos pais podem cometer incluem gastos excessivos com itens para bebês, renúncia ao plano de previdência e não começar a poupar para a faculdade.

– Criar um orçamento para o bebê pode ajudar os pais a manter os gastos sob controle e evitar dívidas desnecessárias.

– Conversar com um consultor financeiro pode ajudar os novos pais a elaborar um plano para administrar a saúde financeira de sua família.

Erro nº 1: Não criar um planejamento financeiro para o novo bebê

Uma das armadilhas financeiras mais críticas para os futuros pais no Brasil é subestimar os custos associados à chegada de um bebê. Isso envolve despesas que vão desde os custos do parto em si, que podem variar dependendo do plano de saúde ou do hospital escolhido, até os gastos contínuos com itens essenciais para o bebê, como fraldas e cuidados básicos. É importante que os pais estejam cientes das possíveis despesas e façam um planejamento financeiro adequado para garantir que possam lidar com esses custos quando o bebê chegar.

O planejamento financeiro para um bebê pode ajudar a criar uma imagem realista do custo de ter e criar um filho. No mínimo, um orçamento básico para o bebê deve incluir:

  • Custos de parto e nascimento, que podem variar dependendo do plano de saúde ou hospital escolhido.
  • Equipamentos essenciais para o bebê, como roupas, móveis para o quarto do bebê, carrinho de bebê, berço, entre outros.
  • Fraldas e lenços umedecidos, que são itens essenciais e de uso constante.
  • Alimentação do bebê, seja por meio de leite materno ou fórmula, considerando os custos associados à compra de fórmula infantil, mamadeiras e acessórios relacionados.
  • Cuidados com a saúde do bebê, como medicamentos prescritos, consultas médicas e vacinas, que podem ser cobertos pelo plano de saúde ou exigir pagamento direto.

Também é importante considerar como o nascimento de um bebê pode afetar a renda familiar. Famílias com duas rendas podem perder uma dessas rendas se um dos pais optar por ficar em casa com o bebê. Para aqueles que são pais solitários, ter um bebê pode exigir uma reconfiguração das horas de trabalho ou até mesmo uma mudança de emprego, o que pode resultar em salários menores.

Embora, no Brasil, as políticas de licença maternidade e paternidade garantem direitos fundamentais aos trabalhadores. De acordo com a legislação vigente, as trabalhadoras têm direito a uma licença maternidade remunerada de 120 dias, custeada pela Previdência Social, enquanto os pais têm direito a uma licença paternidade remunerada de cinco dias corridos. Esses benefícios visam proporcionar apoio financeiro aos pais durante o período crítico do nascimento e cuidados iniciais do bebê.

Erro nº 2: Subestimar os custos de cuidados com os filhos

Existem diversas razões que podem influenciar a decisão de retornar ao trabalho após o nascimento de um filho. Alguns pais podem não ter a opção de abrir mão de uma fonte de renda, enquanto outros podem estar motivados a prosseguir em suas carreiras. Independentemente do motivo, surge a questão crucial de quem ficará responsável pelo cuidado do filho durante o horário de trabalho.

Há várias opções, incluindo creches, contratação de uma babá ou pedir ajuda a amigos e familiares. Cada uma delas tem seus prós e contras – e seus custos. De acordo com o site Conexão Doméstica o custo médio anual de uma creche é de aproximadamente R$12.000,00, o que representa mais de 10% da renda média de famílias com dois pais e mais de 35% da renda média de famílias com um só pai.

Desconsiderar o valor real das creches pode gerar desafios no planejamento financeiro após o nascimento de uma criança. Isso pode levar os pais a enfrentarem dilemas financeiros e até mesmo questionarem sua capacidade de retornar ao trabalho. Explorar diversas alternativas e custos de creches durante a gravidez pode auxiliar os pais a identificarem uma opção viável e financeiramente sustentável.

planejamento financeiro

Erro nº 3: Dar um “upgrade” na sua casa

À medida que uma família se expande, é compreensível pensar que uma residência maior seja essencial. Contudo, mudar-se pode se revelar uma má decisão se resultar em uma hipoteca excessiva, sobrecarregando assim o orçamento familiar.

Antes de optar por adquirir uma casa maior, é crucial avaliar sua situação financeira de forma abrangente. Se já estiver lidando com empréstimos ou outras dívidas, além da hipoteca, pode não haver espaço suficiente para assumir um pagamento de empréstimo maior. Além disso, mudanças na renda, previstas ou imprevistas, podem impactar sua capacidade de arcar com uma hipoteca aumentada.

Se você estiver atualmente alugando, pode ser uma boa ideia considerar a compra de uma casa, especialmente se isso resultar em economias nos custos de moradia. No entanto, é importante ter reservas suficientes para o pagamento inicial e os custos de fechamento. Faça um planejemento financeiro para decidir se é o momento certo para mudar do aluguel para a compra de uma casa.

Erro nº 4: Negligenciar o planejamento de longo prazo

O planejamento financeiro é um processo contínuo, mas pode ser fácil deixar certas metas para segundo plano com a chegada de um novo bebê. No entanto, é importante que os novos pais fiquem de olho no panorama geral enquanto cuidam de seus filhos.

Por exemplo, um plano financeiro abrangente geralmente inclui:

  • Poupar para a aposentadoria: Os novos pais que têm acesso a uma aposentadoria por conta do trabalho ou a uma conta de investimento própria para aposentadoria podem querer considerar como podem continuar a contribuir para essas contas se a chegada de um bebê significar mudanças no orçamento.
  • Economizar para emergências: Um fundo de emergência pode ajudar a cobrir custos inesperados, como conserto de carro ou perda de emprego. A regra mais comumente usada para fundos de emergência é economizar o equivalente a três a seis meses de despesas, mas os novos pais podem considerar aumentar esse valor, especialmente se apenas um dos pais planeja trabalhar.
  • Economizar para a faculdade: A faculdade ainda está a anos de distância quando se tem um recém-nascido, mas nunca é cedo demais para começar a economizar para ela. A abertura de uma conta poupança ou uma conta de investimentos para a faculdade pode permitir que os pais desfrutem de um crescimento diferido por impostos sobre os valores com os quais contribuem.
  • Previdência privada: Um plano de previdência privada pode oferecer segurança financeira para sua família no futuro, garantindo uma renda complementar caso algo aconteça com você. Com a chegada de um novo bebê, é importante avaliar se o plano de previdência atual é adequado ou considerar a contratação de um plano, se ainda não o tiver.
  • Planejamento sucessório: O planejamento sucessório pode englobar diversos aspectos, como a elaboração de um testamento e a contratação de previdência privada, além de outras medidas como a criação de um inventário, procurações e diretivas de saúde. Esses documentos são essenciais para garantir que seus familiares e seus bens estejam protegidos e bem cuidados em caso de imprevistos.

Quanto dinheiro você deveria ter economizado antes da chegada do bebê?

A quantia de dinheiro que você deve economizar antes da chegada do bebê depende, em parte, dos seus custos previstos. Por exemplo, talvez você precise ter dinheiro para pagar o médico ou o hospital por quaisquer custos de nascimento e parto não cobertos pelo plano. Talvez você também queira ter dinheiro reservado para compensar qualquer perda de renda durante a licença-paternidade. E é sempre recomendável ter um fundo de emergência para cobrir quaisquer despesas imprevistas que possam surgir.

Como sobreviver financeiramente depois de ter um bebê?

A sobrevivência financeira após o nascimento de um bebê começa com o planejamento bem antes do nascimento. Os pais podem se preparar financeiramente para um bebê fazendo um orçamento e revisando o seguro de vida. Também podem criar uma poupança de emergência.

Quais benefícios os novos pais recebem?

Os tipos de benefícios financeiros disponíveis para os novos pais podem variar de acordo com suas necessidades específicas e sua situação financeira. Algumas empresas oferecem licença parental remunerada. Isso permite que os pais desfrutem a chegada do bebê sem se preocupar com perda de renda. Já as famílias de menor renda podem ter acesso a programas de assistência financeira, como o Bolsa Família, para auxiliar com os custos de saúde, ou ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), para ajudar com despesas básicas.

Portanto, planejar um novo bebê significa comprar as coisas de que você precisa e se preparar emocionalmente, mas também há um elemento financeiro a ser considerado. Começar bem financeiramente reduz o estresse dos novos pais, que já enfrentam demandas ao cuidar de um recém-nascido. Revisar seu plano financeiro anualmente pode ajudar a garantir que você esteja no caminho certo com suas metas à medida que sua família cresce e passa por diferentes estágios da vida.

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